A Airlink, uma das principais companhias aéreas regionais que opera entre a África do Sul e Moçambique, enfrenta desafios que podem levar à suspensão da venda de bilhetes no país devido a barreiras impostas pelo Estado moçambicano. Essa ameaça surge no contexto de disputas legais e diplomáticas, incluindo um incidente em dezembro de 2024, quando dois passageiros moçambicanos foram retirados de um voo em Joanesburgo por comportamento considerado "desordeiro e ameaçador". Esse caso resultou em uma ação judicial em Nampula, com uma ordem interimista para apreender três aeronaves da Airlink, o que levou à suspensão temporária de voos para essa cidade em janeiro de 2025.
A companhia argumenta que as ações judiciais e a falta de intervenção adequada pelas autoridades moçambicanas, em conformidade com acordos bilaterais como o BASA (Bilateral Air Services Agreement), criam um ambiente de incerteza que compromete suas operações. Além disso, a Airlink destaca a ausência de jurisdição moçambicana para apreender aeronaves registradas no exterior, reforçando a necessidade de resolução por canais legais e diplomáticos. A suspensão de bilhetes poderia afetar significativamente o comércio, o turismo e a conectividade entre os dois países, dado que a Airlink responde por cerca de 70% dos voos comerciais regulares entre a África do Sul e Moçambique. A situação está sendo monitorada, com negociações em curso envolvendo as autoridades de aviação civil de ambos os países.

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