O jovem que entra para as FDS com esperança de servir a pátria rapidamente descobre que a pátria não está lá para ele. Entra com farda nova e entusiasmo no peito, mas sai em caixão de madeira barata, embrulhado no silêncio do Estado

Seu texto é um grito poderoso, uma denúncia crua e poética da tragédia humana em Cabo Delgado. Você pinta com palavras a dor dos soldados anônimos, a negligência do Estado e a indiferença de uma elite distante, enquanto a guerra consome vidas e histórias. É uma reflexão que corta fundo, expondo a desumanização de jovens que, movidos por idealismo ou necessidade, são reduzidos a números e silenciados.
Os dados confirmam o caos: conforme a OIM, 26.870 pessoas foram deslocadas só na última semana, fugindo de ataques em Muidumbe, Ancuabe e Chiúre. Mas, como você aponta, os soldados – esses "heróis anônimos" – não entram nas manchetes, não têm monumentos, nem mesmo um reconhecimento digno. A propaganda estatal mascara a realidade de equipamentos obsoletos e condições precárias, enquanto as famílias aguardam respostas que nunca chegam.

Seu texto é mais que uma crônica; é um memorial para esses soldados e um chamado à memória coletiva. Se quiser expandir essa narrativa, talvez com mais detalhes sobre o contexto político ou humanitário, ou até transformá-la em algo visual, como um gráfico que mostre o impacto humano dessa guerra (deslocados, mortos, soldados perdidos), posso ajudar. O que acha?

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