A Renamo afirma estar preocupada com as ameaças de encerramento das delegações do partido, feitas pelos ex-guerrilheiros. O partido liderado pelo Ossufo Momade garante que, neste momento, está a ser feito todo o trabalho para a realização do Conselho Nacional, mas adverte que o órgão não tem competência para demitir o presidente do partido.
Reagindo ao anúncio feito na segunda-feira, pelos ex-guerrilheiros sobre o encerramento de todas sedes do partido, esta quinta-feira, a secretária-geral da Renamo, Clementina Bomba garantiu que tudo está a ser preparado para que o congresso seja realizado.
“Nós estamos a trabalhar e estamos dentro do período para a realização do Conselho Nacional”, garantiu Bomba, advertindo, no entanto, que o Conselho Nacional não tem competência para demitir o presidente e lembrou que o mandato de Ossufo Momade é de cinco anos.
Clementina Bomba sublinhou que “o Congresso é que poderá decidir ou não sobre a manutenção do presidente Ossufo Momade, que foi democraticamente eleito, no congresso que se realizou em Alto-Molocué, no ano passado”.
Recorde-se que o anúncio dos ex-guerrilheiros da perdiz acontece depois de 20 dias de trégua. Segundo João Machava, porta-voz do grupo, o fecho das estruturas partidárias visa pressionar a direcção da Renamo a convocar um Conselho Nacional alargado, conforme estabelecido nos estatutos internos, visto que durante os dias de trégua, “não houve nenhum movimento de aproximação para um diálogo da parte das representações do partido”.
O grupo refere ainda que continua sem resposta às cartas enviadas ao Comando-Geral da Polícia e ao Ministério da Administração Estatal sobre alegadas ameaças feitas contra os seus membros. Os desmobilizados reforçam que, nos próximos sete dias, poderão anunciar novas acções caso não haja avanços no processo de diálogo interno.

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