A Procura de vagas na UEM aumentou 77 % no último triénio

A informação foi partilhada esta quinta-feira (10), em Maputo, pelo reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior, durante a apresentação do informe anual das realizações referentes ao ano de 2024, segundo escreve a AIM.

Segundo a fonte, candidataram-se, em 2024, 25.680 concorrentes para um total de 5.655 vagas, sendo 50 % do sexo masculino e igual número do sexo feminino, alcançando-se, assim, o limiar estatístico da paridade de género.

“Este indicador encoraja-nos sobremaneira, pois está alinhado com a nossa busca incessante pela prossecução da equidade de género, uma resposta acalentadora para o cumprimento do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, afirmou.

Os cursos mais procurados continuam a ser medicina e direito, seguidos por Engenharia Informática, contabilidade e finanças, engenharia eléctrica, biologia e saúde, gestão, administração pública, engenharia mecânica, engenharia electrónica, economia e engenharia civil.

As estudantes do sexo feminino revelaram maior preferência pelos cursos de medicina, psicologia, administração pública e relações-públicas, enquanto os estudantes do sexo masculino concentraram-se nas áreas da engenharia.

O reitor da UEM destacou a importância de promover o acesso das mulheres às áreas tradicionalmente masculinas, sublinhando que “Há um esforço muito grande, e temos de, através de capacitação e parcerias, permitir cada vez mais que as mulheres procurem esses cursos. Ainda assim, esta tendência se mantém”.

“É certo que se nota um aumento crescente do número de estudantes do sexo feminino entre 2001 e 2023, mas é interessante verificar que, em 2024, estivemos numa situação de paridade: 50%, 50%.  O desejável. Obviamente, esses dados podem oscilar em função do ano, mas, mais uma vez, é a resposta aos desafios da equidade de género, não só em Moçambique, mas também na nossa instituição”, reiterou.

Outro destaque do informe foi o crescimento do número de estudantes com necessidades especiais, que passou de 80% , em 2023, para 118%, em 2024.

“Nós fazemos exames de admissão onde criamos condições para que os estudantes com necessidades especiais também possam ser avaliados nos exames de ingresso à nossa universidade”, explicou.

Quanto ao número de graduados, a UEM admite, em média, mais de cinco mil estudantes por ano e gradua, aproximadamente, mil e quinhentos, o que representa cerca de um terço do total admitido.

“Em tese, com este indicador, pode dizer-se que, do total dos admitidos por ano, o sistema gradua cerca de um terço desses estudantes. Mesmo com as necessárias aproximações e parametrizações, este indicador deve convidar-nos a reflectir sobre este quadro e as suas dinâmicas internas”, alertou.

Nos anos de 2020 e 2022, verificou-se uma tendência de equilíbrio na taxa de graduação por sexo. Já em 2023 e 2024, as mulheres superaram os homens em número de licenciadas.

O número de docentes manteve-se estável em 2024, assim como o número de tutores, mestres e doutores. Já os projectos de investigação aumentaram significativamente, passando de 329 em 2023, para 457 em 2024. as áreas de ciências da saúde, ciências agrárias e biológicas, e ciências sociais e humanas lideram em número de projectos.

“O número de artigos científicos publicados manteve-se estável nos dois últimos anos. Depois de 2022, o número de publicações em formato de capítulos de livro voltou a crescer.

Há um aumento significativo neste tipo de publicação, mas, de forma geral, o nível das nossas publicações manteve-se estável durante 2023 e 2024”, detalhou.

Por fim, o reitor informou que, em 2024, a universidade atribuiu 265 bolsas, contra 363 em 2023, o que representa uma redução de 27%. Destas, 26 foram bolsas completas, 34% bolsas reduzidas, e 39% resultaram de isenção de propinas. (Mozinfoeric)

Postar um comentário