Na ocasião, o responsável recordou que, actualmente, o fornecimento de electricidade à Mozal é feito através da sul-africana Eskom, que, por sua vez, compra energia à HCB, 66% do produzido. “É necessária uma transição entre o actual fornecedor desta energia, para que a EDM possa fazer o braço comercial do negócio.”
“Há termos que devem ainda ser debatidos, mas com certeza que a Mozal não vai ficar sem energia, porque é uma indústria cujo interesse é também dos moçambicanos, uma vez que emprega muitas pessoas. Há impostos que entram para o Estado e vantagens para ambas partes”, concluiu.
“No ano de 2025, além da implementação de projectos de reabilitação, a HCB, com vista à reversão energética prevista para 2030 — altura em que Moçambique passará a controlar directamente a sua principal fonte de geração de energia com o fim do contrato com a Eskom —, deve reforçar a sua contribuição para o desenvolvimento do País”, afirmou.
Este posicionamento já constava da Estratégia para a Transição Energética de Moçambique até 2050, aprovada pelo anterior Governo, então liderado por Filipe Nyusi. Segundo o documento, uma das prioridades a curto prazo é o “repatriamento” da electricidade actualmente exportada para a África do Sul, estimada entre 8 e 10 TWh (TeraWatt-hora), e a adição de 2 GW (GigaWatt) de nova capacidade hidroeléctrica até 2031.
A Mozal é detida pela empresa mineira australiana South32 com 63,7%, após a aquisição de uma participação adicional de 16,6% em Maio de 2022. O Desenvolvimento Industrial Corporação da África do Sul Limited detém 32,4%, e o Governo moçambicano detém 3,9%.A unidade moçambicana de fundição de alumínio é uma das maiores unidades industriais de Moçambique, com impacto relevante na balança comercial, com uma contribuição de cerca de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), bem como na geração de empregos directos e indirectos.


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