Privinvest pede recurso perante risco de insolvĂȘncia


A Privinvest pediu hoje permissão para recorrer da decisão do Tribunal Comercial de Londres que obriga o grupo naval a pagar cerca de dois mil milhÔes de dólares (1,8 mil milhÔes de euros) de compensação a Moçambique.

Sede em Maputo da Procuradoria-Geral de Moçambique
Equipa jurĂ­dica que representa a Procuradoria-Geral de Moçambique estimou em cerca de 49 milhĂ”es de libras (58 milhĂ”es de euros) os gastos incorridos com o processo Numa audição a decorrer na divisĂŁo Comercial do Tribunal Superior (High Court) de Londres, o advogado da Privinvest, Duncan Matthews, pediu que a execução do pagamento fique suspensa para que seja escutado um recurso. 

O causídico invocou, entre outras razÔes, a falha de Moçambique em divulgar documentos oficiais importantes, pelo que "um julgamento justo não era possível".

A Privinvest adiantou tambĂ©m que nĂŁo tem fundos suficientes para pagar a quantia estipulada e avisou que, se esta suspensĂŁo nĂŁo for aceite, terĂĄ de entrar em insolvĂȘncia. 

Na sentença de 29 de julho, que culminou um processo de quatro anos na justiça britùnica, o juiz Robin Knowles determinou que Moçambique tinha direito ao pagamento de 825 milhÔes de dólares (741 milhÔes de euros no cùmbio atual) e a uma indemnização para cobrir 1,5 mil milhÔes de dólares (1,35 mil milhÔes de euros) que é responsåvel por pagar a bancos e obrigacionistas.

A este valor deve ser descontado cerca de 421 milhÔes de dólares (378 milhÔes de euros) em espécie e ativos entretanto recuperados pelas autoridades moçambicanas, acrescentou.

Gastos da PGR com o processo

Em discussĂŁo hoje no tribunal estiveram tambĂ©m o valor dos juros acrescidos exigidos por Moçambique, calculados em 40 milhĂ”es de dĂłlares (36 milhĂ”es de euros) e o pagamento das custas judiciais. 

A equipa jurídica que representa a Procuradoria-Geral de Moçambique estimou em cerca de 49 milhÔes de libras (58 milhÔes de euros) os gastos incorridos pela PGR com este processo.

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